quinta-feira, 29 de setembro de 2011





Entre os frequentadores mais ilustres de Abrolhos estão as baleias jubarte que, vindas da Antártida, todos os meses de julho e agosto, usam as suas águas límpidas, como temperatura média de 24 graus, como uma espécie de suíte nupcial e berçário. É lá que elas se reproduzem e amamentam seus filhotes.

Esse ciclo reprodutivo das jubarte está em rota de risco desde que Abrolhos entrou na alça de mira da indústria do petróleo. O governo já licitou para dez empresas 13 blocos de exploração na região. Um acidente como o do Golfo do México pode ser fatal para a natureza e colocar fim ao turismo e a pesca na região, atividades responsáveis pela sobrevivência de mais de 80 mil pessoas.

É por isso que o Greenpeace Brasil pede ao governo e às empresas uma moratória de 20 anos na exploração de gás e petróleo em Abrolhos. Se você também acha que Abrolhos, pela sua importância como bem natural do país, deve ficar fora dos planos de exploração de petróleo, participe do abaixo-assinado. Ele será entregue aos principais dirigentes das empresas petrolíferas e representantes do governo.


Clique no link para participar do abaixo assinado:
http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Participe/Ciberativista/Deixe-as-baleias-namorarem/?utm_source=deixeasbaleiasnamorarem&utm_medium=redirect&utm_campaign=Deixe%2Bas%2Bbaleias%2Bnamorarem







quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O Estrada está no Santuário dos Cavalos


Dia 09 de setembro, às 19,30hs fui atropelado por um carro. Estava caido no chão quando o  o motorista desceu de seu carro, juntou a sinaleira que havia  perdido com a pancada. Voltou para o  carro  e foi embora, sem olhar para trás. Fiquei ali!!!!  Eu nunca faria uma coisa destas, deixar alguém  com dor e ferido jogado na rua. Que gente desumana os humanos! Nós cavalos somos diferentes, trabalhamos e até morremos por nossos donos.
 
Felizmente,  logo depois passaram  umas pessoas da Chicote Nunca Mais ( esse som é melodia para os nossos ouvidos  ).   Ficaram ali brigando e me defendendo, chamaram a polícia, telefonavam para muita gente. Um moça de " olhos da cor do céu" me deu um injeção para dor. Ufa! Que alívio! Pata quebrada dói muito... Ela o marido  alguns  guardas ficaram ali me cuidando  até a meia noite, hora que chegou o caminhão da Prefeitura de Gravataí. Disseram que a demora foi  porque haviam  perdido a chave do caminhão ...   Veio também um  tal  matador de cavalos... Ouvi dizer que  é veterinário. Já imaginaram   Agora eu estaria morto. Igual a  outro amigo que ele matou dois dias antes com um problema igual ao meu. Imagine que o outro  estava em pé....  Dia 09 de setembro é o  "Dia do Médico Veterinário"  me contaram que na formatura os médicos juram salvar vidas .Acho que esse esqueceu de jurar!!! 
 
Quando cheguei no "paraiso dos cavalos" a moça de "olhos da cor do céu" me deu água e comida. Comida é coisa boa!  Comi muito. Ela conversava comigo, fazia curativos, só bem depois que descobri que não é veterinária. Engraçado... Não seria o matador que deveria ter feito isso?! A moça falava  muito no telefone com uma outra que tira o chicote dos carroceiros.
 
Acho que estou no paraiso, se não for...  deve ser o INSS dos cavalos, porque eles aposentam a gente aqui neste lugar. Existem  outros amigos quebrados e , comigo já são dez . Me falaram que aqui  é  a sede da "Turma do Bem". Arrumam padrinhos  e lares para cavalos machucados como nós , depois que estamos fortes e recuperados, é claro! . Não maltratam e nem nos colocam em carroças. É vida mansa mesmo!  Tem  uma corrente do  "Bem" que não rebenta nunca.
 
Acho que a moça dos "olhos da cor do Céu"  tem também o  "Céu no coração".  Corre um boato  que tem muito mais gente nesta corrente...  gente   com olhos de outras cores mas, todos de "Céu no coração". Eu tinha um nome que quero esquecer...  aqui me deram  o nome de Estrada e eu adorei.... Sou um novo cavalo. Ahhh ! Vidão!!!!!!

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Município inaugura clínica veterinária no Engenho de Dentro

O bairro de Engenho de Dentro ganhará uma unidade de atendimento clínico e cirúrgico veterinário. A partir do dia 05 de setembro será aberto para a população o atendimento clínico de cães e gatos.

O serviço é gratuito e não precisa ser agendado.  

Já os procedimentos de esterilização deverão ser previamente agendados às quartas-feiras, das 09h às 12h, pelo telefone 2293-1791, para a realização da cirurgia na semana seguinte. 

Para agendar é necessário ser morador do Rio de Janeiro e ser maior de 18 anos.  No procedimento deve levar identidade e comprovante de residência (*não é preciso levar o animal). Excepcionalmente na semana de inauguração (de 5 a 9 de setembro), as marcações para as cirurgias serão feitas entre os dias 5 e 9, das 9h às 11h para as cirurgias a serem realizadas de 12 a 16 de setembro.

Para ser esterilizado, o animal deve ter entre 06 anos e 06 meses, pesar até 20Kg, e não pode ser gestante, estar amamentando ou estar no cio. O animal também deve ser higienizado antes da cirurgia e fazer um jejum total de 12horas (não pode consumir água ou comida).

A unidade de atendimento clínico cirúrgico está localizada na rua 2 de fevereiro, s/n, ao lado da Escola Especial Municipal Dr. Ulisses Pernambucano, e funcionará de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h. Para usufruir os serviços é necessário ser maior de 18 dezoito anos e ser morador do Rio de Janeiro.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Governo quer menos testes de produtos com animais

 
 
O país poderá ter menos testes pré-clínicos ou de segurança com animais. Esse é o objetivo de um termo de cooperação assinado na terça-feira (13) pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O termo foi firmado com a Fiocruz, que será o "guarda-chuva" do futuro Centro Brasileiro de Validação de Métodos Alternativos.
 
 
De acordo com Maria Cecília Brito, uma das diretoras da Anvisa, o objetivo do centro é desenvolver e validar as chamadas metodologias alternativas de experimentação, que não usam animais para determinar a segurança ou eficiência de um produto.
 
A partir disso, a Anvisa passará a chancelar produtos que, hoje, só são aceitos após comprovações que envolvem animais em laboratório.

Esse é o caso, por exemplo, de xampus para crianças (cujos testes tentam identificar se causam ardência nos olhos) e de cremes rejuvenescedores que agridem a pele.

De acordo com Isabella Delgado, da Fiocruz, a ideia é ampliar os casos em que o uso dos animais não é necessário. Mas, em situações como teste de potencial de câncer ou riscos na reprodução humana, a substituição dos animais é improvável. "Pensamos na redução e no refinamento, buscando diminuir dor e sofrimento [dos animais]", diz Delgado.

O médico Marcelo Morales, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), representante dos cientistas no Conselho de Ética Animal, concorda com Delgado.

Para ele, a criação do centro é um caminho para o país desenvolver alternativas à experimentação animal. "Mas em nenhum lugar do mundo não existe experimentação animal", explica.

Morales diz que cada metodologia de experimentação alternativa pode levar até dez anos para ser desenvolvida. Isso é feito com base em pesquisas científicas.


sábado, 20 de agosto de 2011

O CONSUMO QUE ASSUSTA, por : Washington Novaes




Não faltam estudos para deixar com os cabelos de pé (os que os têm) quem se preocupa com o futuro da espécie humana neste planeta. Num deles, "Marine Ecology Progress Series", da Universidade do Havaí, Camilo Mora afirma que, com o ritmo atual do consumo de recursos no mundo, chegaremos a 2050 com uma população acima de 9 bilhões de pessoas, que precisará, para abastecê-la, de 27 planetas como a Terra. Quem olhar uma publicação recente da revista National Geographic (maio de 2011) talvez encontre ali reforço para a tese, ao saber qual foi o número de animais mortos em um único ano (2009) para serem transformados em alimentos: 52 bilhões de frangos, 2,6 bilhões de patos, 1,3 bilhão de porcos, 1,1 bilhão de coelhos, 633 milhões de perus, 518 milhões de ovelhas, 398 milhões de cabras, 293 milhões de bois, 24 milhões de búfalos asiáticos e 1,7 milhão de camelos.

Thomas Lovejoy, o respeitadíssimo biólogo norte-americano, acha que já estamos consumindo 50% de recursos além do que o planeta pode repor ( Ideia Sustentável , março de 2011). Outros estudos, inclusive da ONU, falam em "mais de 30%". Estes afirmam que a disponibilidade média de área e recursos para atender às necessidades de uma pessoa estaria em 1,8 hectare; mas o uso tem estado em 2,7 hectares (no Brasil, 2,1; nos Estados Unidos, 10 hectares; no Haiti, menos de um hectare). O uso excessivo leva à aridificação e desertificação de terras, problemas com água, exaustão de certos recursos.

Na conferência de Nagoya, no ano passado, estabeleceu-se como meta chegar a 17% das terras e 10% dos oceanos em áreas protegidas - o que parece pouco provável, já que as metas para 2010, menores, não foram cumpridas, embora haja 100 mil áreas protegidas, com 17 milhões de quilômetros quadrados de terras (o dobro do território brasileiro) e 2 milhões de quilômetros quadrados de áreas oceânicas. Mesmo nessas áreas, entretanto, há desgastes fortes na biodiversidade, por causa de impactos climáticos e contaminação.

Mas o problema não está só na área da biodiversidade. Segundo a publicação BrasilPnuma (junho/julho de 2011), também chegaremos a 2050 consumindo 140 milhões de toneladas anuais de minérios, combustíveis fósseis e biomassa, três vezes mais do que hoje - o que envolve outros riscos de esgotamento. Mesmo hoje já nos aproximamos do limite de muitos minérios fundamentais para tecnologias de uso intensivo, como computadores, celulares e outras. Nos países industrializados, o consumo médio anual por habitante nessa área dos minérios é de 16 toneladas (40 em alguns); em 2000, era de 8 a 10 toneladas; em 1900, de 4 a 5.

Na área dos alimentos, o problema não é diferente. Diz a ONU (AP, 27/10/10) que também a biodiversidade em matéria de alimentos está ameaçada. Em 100 anos, 75% das espécies de plantas alimentares já desapareceram; até 2050, mais 22% podem ter o mesmo destino, inclusive variedades de batata, feijão e nozes - e neste caso o clima é uma das questões centrais. Por isso mesmo, a Embrapa tenta produzir variedades de culturas resistentes ao calor, como soja, feijão e milho, pois as variedades atuais já estão sendo afetadas pelo aumento da temperatura, especialmente no Centro-Oeste. E convém não esquecer que o café, que dominou a economia agrícola de São Paulo e Norte do Paraná durante mais de um século, teve de migrar para regiões mais altas, principalmente em Minas Gerais, por causa do aumento de mais de um grau na temperatura (que leva a flor do cafeeiro a cair prematuramente, com redução da produtividade).

É em meio a esse panorama que chegam as notícias de que mais uma vez o desmatamento na Amazônia voltou a crescer, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - mais 28% no mês de julho, comparado com o mesmo período do ano passado, e mais 35% comparando 11 meses de 2010/11 com igual período anterior. Certamente o total de um ano ficará acima de 7 mil quilômetros quadrados, embora o governo federal tenha até criado uma força especial para conter o abate de árvores. É grave, até mesmo porque a floresta absorve um terço das emissões de dióxido de carbono, cerca de 2,4 bilhões de toneladas anuais ( Science/France Presse , 17/7/11). E seu papel é decisivo no Brasil, onde mudanças no uso do solo, desmatamentos e queimadas respondem por quase 60% do total das emissões brasileiras que afetam o clima.

Mas fora do Brasil os sinais também não são animadores. Já se sabe que a próxima reunião da Convenção do Clima, na África do Sul, No fim do ano, não levará a nenhum acordo global. Da mesma forma que o Protocolo de Kyoto, que expira em 2012 e permite a países industrializados e suas empresas financiar projetos que levem a reduções de emissões em outros países e contabilizar as reduções em seus balanços. As lógicas financeiras continuam a prevalecer, agora ainda mais, no meio da gigantesca crise financeira mundial.

Mas o futuro está em jogo. Não há como escapar às graves questões planetárias que assustam a ciência